Pode-se dizer que o músico João Rafael é um verdadeiro exemplo de que em casa de ferreiro o espeto é de pau. O ditado popular quer dizer que uma pessoa tem uma habilidade para determinada coisa, mas não a utiliza em seu benefício (continue lendo que você vai entender). O mineiro, natural da cidade de Sabará, é também um ativista da cultura. Suas ações se refletem no Circuito Fora do Eixo, através do Coletivo Fórceps.
Blog da Ratis
sábado, 28 de abril de 2012
CASA DE FERREIRO, ESPETO DE PAU
Pode-se dizer que o músico João Rafael é um verdadeiro exemplo de que em casa de ferreiro o espeto é de pau. O ditado popular quer dizer que uma pessoa tem uma habilidade para determinada coisa, mas não a utiliza em seu benefício (continue lendo que você vai entender). O mineiro, natural da cidade de Sabará, é também um ativista da cultura. Suas ações se refletem no Circuito Fora do Eixo, através do Coletivo Fórceps.
sábado, 28 de janeiro de 2012
QUATRO INSTRUMENTAL: "SIMPLESMENTE COMEÇA A TOCAR E É MÚSICA"
Foi em uma noite ligeiramente fria, com uma temperatura de mais ou menos 19 graus, no bairro boêmio de Santa Tereza, em Belo Horizonte (MG), que conversei com os integrantes da banda 4instrumental. O quarteto se reuniu na casa do baterista, o Raul Lanari, onde planejaram a agenda de ações do grupo para 2012, que, ao que tudo indica, promete. Os caras já começaram o ano encabeçando a lista dos mais pedidos nas redes sociais para se apresentar na Virada Cultural.
A banda passou por duas modificações em sua formação. A primeira marcou a entrada do Raul na banda, no final de 2010, e a outra, no começo deste ano, trouxe um novo baixista. Agora é Marcelo Sponchiado que assume o baixo. O Tiago Salgado (teclado, synth's e flautas) e o Thiago Guedes (guitarra) continuam desde quando resolveram sem pretensões, em 2008, na cidade mineira de Sabará, formar o grupo.
As músicas têm referência no progressivo. Um progressivo cheio de brasilidade. As canções são longas, transitam pelo sombrio e melancólico, passando também por uma alegria infantil, lúdica como com a flauta da faixa "Hum". Linda! As canções te fazem sentir num determinado momento com os pés fincados no Brasil, num outro em qualquer lugar, menos aqui. Mas essas são algumas das minhas impressões. Aconselho se deixar levar pela melodia do 4. Vale a pena.
Como o nome sugere é um grupo instrumental, gênero atribuído muitas vezes à músicos virtuoses. No caso deles segundo Lanari, "as músicas é que são muito doidas". Quando perguntado sobre o processo de criação das faixas, Salgado resumiu na seguinte frase: "simplesmente começa a tocar e é música". O primogênito álbum 4.1, gravado na Argentina, pode ser baixado aqui.
Infelizmente não tive a chance de assistir à uma apresentação ao vivo para contar como é. Acredito que vou ter essa experiência ainda este ano. O grupo quer vir para o Nordeste. "Pelamordedeus a gente tem que tocar no Nordeste!", disse Salgado.
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sexta-feira, 9 de setembro de 2011
É FINO!
Quando cheguei ao Amici's [bar, restaurante, pizzaria localizado próximo ao Dragão do Mar, em Fortaleza] eram, mais ou menos, 18h. Passei por entre as mesas e numa delas estavam dois moços e percebi que os rostos eram familiares, mas não reconheci. Eles tomavam cerveja. Entrei no recinto, aonde a banda Fino Coletivo passava o som, que logo mais, na noite do dia 2 de setembro de 2011, iria se apresentar através do projeto Farra na Casa Alheia. Lá encontrei os produtores da festa, que me apresentou o produtor da banda, que me apresentou os dois moços de rosto familiar que bebiam cerveja do lado de fora da casa. Eram os vocalistas Alvinho Lancellotti e Adriano Siri.
Sentei a mesa, liguei meu gravador e...
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sábado, 20 de agosto de 2011
COM FOCO EM PRODUZIR MÚSICA NOVA, O JASON ESTÁ DE VOLTA
Após um tempo sem perspectiva de retorno, no início de 2010, o Jason volta com De Souza (bateria), que está na banda desde 2002; e mais dois integrantes da formação original: Vital (vocal) e FF (baixo). "Fizemos alguns shows no RJ e em SP, e quando chegou o momento de escolher continuar fazendo shows, ou entrar em processo criativo, o Panço [guitarra] decidiu se aposentar, e nós optamos por continuar os três", conta o baterista.
A banda carioca tem uma relação especial com o nordeste brasileiro."É fato que o Nordeste sempre recebeu o Jason mais efusivamente do que outras regiões", observa FF. Segundo Vital, eles são pioneiros em tours por aqui. "Depois da gente muitas outras bandas começaram a 'subir'", conta o vocalista.
Antes disso, dá também uma conferida na entrevista concedida pelo grupo via e-mail.
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sábado, 4 de junho de 2011
MÚSICA PARA NOVA GERAÇÃO
Dessa vez o show não foi tão performático quanto se esperava, mas também não deixou a desejar. O som peculiar, as letras pervertidas, a voz fantasmagórica e o sadismo da banda carioca, levou os poucos presentes na casa ao delírio. "Nossa ideologia é seja você mesmo! Se expresse da forma como você sentir vontade, mas sem chegar a extremos. Por exemplo, teve um babaca aí que apagou um cigarro em mim e eu tive que dar um chute nele", contou Erich, o vocalista. Além dele, a formação traz Magrão (baixo), Lereu (guitarra) e Vidaut (bateria).
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domingo, 15 de maio de 2011
TEM GENTE DIZENDO QUE ELE É LOUCO
“Tem gente dizendo que eu tô louco, que eu só falo em tirar coco. Realmente eu quero tirar o coco, pra depois quebrar o coco, pra saber se o coco é oco...”
Para quem não conhece, esse é o trecho de "Prá tirar coco", um dos clássicos da música tradicional nordestina que, na noite do dia 30 de abril, na Praça do Ferreira, em Fortaleza, proporcionou um dos momentos auges da festa em comemoração ao dia dos trabalhadores promovida pela CUT-CE (Central Única dos Trabalhadores) e entidades filiadas.
Cantada pelo mestre Messias Holanda a convite de Chico César - cantor e compositor paraibano que se apresentava na ocasião -, ambos se divertiam no palco acompanhados de Lívia Mattos (sanfona), Guegué Medeiros (bateria), Xisto Medeiros (baixo) e Zezinho Pitoco (percussão), além do público que cantava e dançava.
O momento representou muito bem a riqueza e a importância da decisão do então secretário de cultura da Paraíba, Chico César, quando afirmou que não irá pagar cachês para bandas que tocam “forró de plástico”, na festa de São João do estado.
Foto: Paulo Winz (1Bando/RedeCem) |
Ele responde a essa e outras questões como a lei do direito autoral; a iniciativa dos coletivos que colaboram com trabalhos autorais independentes; novos projetos; e a emoção de tocar na comemoração do dia dos trabalhadores, que contou com a presença de seu irmão Gegê, dirigente da Central de Movimentos Populares (CMP) que, perseguido por quase nove anos, foi recentemente inocentado em júri popular (decisão unânime) das acusações de ter dado fuga a um criminoso e ser mandante de um crime em São Paulo. Até mesmo o promotor de Justiça, Roberto Tardelli, pediu sua absolvição. Atualmente Gegê promete processar o Estado pela criminalização que sofreu em 2002.
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quinta-feira, 28 de abril de 2011
UNI VERSO DE OSCAR
O “Verso” se mostra em forma de canção. Nesse caso, as letras unidas às melodias trazem a essência das experiências vivenciadas pelo músico cearense que também já passou pela cena underground de São Paulo e Brasília.
Oscar apresenta um trabalho independente, de qualidade, com referências - ao estilo brasileiro - do jazz, do samba e do rock’n roll. No mesmo ano em que lançava e distribuía nacionalmente seu primeiro projeto solo, unia-se a Rede Ceará de Música (RedeCem), coletivo integrado ao Circuito Fora do Eixo. Lá é o atual responsável pela Frente de Distribuição.
Neste ano o artista prepara turnê em sete cidades do Nordeste e São Paulo, além disso, está empenhado na produção do primeiro álbum intitulado Revolução. “Pra mim é um retorno à simplicidade e linguagem mais direta do Rock” conta.
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sábado, 19 de março de 2011
MOBÍLIA EM QUATRO ESTAÇÕES
Eles tocam pop e tocam rock, mas, definitivamente, não formam uma banda de pop rock, como informava um segurança de uma boate famosa em Fortaleza. Reúnem referências de um "passado sonoro" dando um toque contemporâneo. As músicas representam, como descrito pelos próprios, "retratos sonoros de uma época que sempre volta em busca de renovação, de novos ares, novas visões, diferentes realidades". Essa é a MOBÍLIA, banda autoral cearense que surgiu em 2006 com canções prontas. Composições de Cláudio Mendes (voz, guitarra, violão e teclado) que, na época, tocava em bandas onde suas músicas não se encaixavam. Até conhecer Marcio Holanda (parceiro em algumas composições) e Lucas Ribeiro (baixo), e montar o projeto. "O Daniel [Alencar] (bateria e percussão) veio um pouco depois, mas foi a partir da entrada dele que a gente realmente deu o ponta pé inical, entrou no estúdio e gravou as duas primeiras canções" conta o vocalista.
O que se vê são quatro elementos que se complementam: Paixão, Equilíbrio, Graça e Cumplicidade. O primeiro vem do idealizador desse projeto, é contagiante ver e ouvir não só a performance no palco, mas o brilho nos olhos de Claudio Mendes ao falar do "filhote". A calma de Daniel, o baterista, serve para trazer o equilíbrio diante da energia dos demais. "O Lucas é o humorista da banda", palavras dos próprios integrantes e, realmente, o cara leva as coisas com bom humor; quando toca, dança de um jeito peculiar, cheio de gingados. A cumplicidade dos três se estende às parcerias de Marcio Holanda, considerado integrante honorário por sua colaboração em várias composições, além de tocar guitarra em algumas apresentações; e de Marcus Vinnie, músico renomado da cidade, que, em alguns shows, traz o seu talento no teclado.
quinta-feira, 16 de dezembro de 2010
UMA BANDEIRA
É em meio a informações de uma imprensa duvidosa; dinheiro na cueca; uma juventude colorida e com valores distorcidos; um país cheio de contradições e com uma sociedade insegura, mal educada, egoísta e, ainda alienada que sobrevive o hardcore politizado do Dead Fish, banda que em expressões populares podemos chamar de Elefante Branco, pois levantam questões que incomodam muita gente. Segundo Alyand, baixista e um dos membros mais antigos "A gente tem essa coisa de dar a cara a tapa, de falar a verdade... Essa é a bandeira do Dead Fish: ser honesto".
A banda veio para mais uma apresentação em Fortaleza, cidade que já está há nove anos no caminho desses capixabas que atualmente formada por Rodrigo (vocal), Alyand (baixo), Philippe (guitarra) e Marcos (bateria), completa 20 anos de história em abril próximo. Pra comemorar prometem novo álbum, quem sabe um DVD.
A banda veio para mais uma apresentação em Fortaleza, cidade que já está há nove anos no caminho desses capixabas que atualmente formada por Rodrigo (vocal), Alyand (baixo), Philippe (guitarra) e Marcos (bateria), completa 20 anos de história em abril próximo. Pra comemorar prometem novo álbum, quem sabe um DVD.
Eu fui à passagem de som para entrevistá-los, lá encontrei Philippe, Alyand e Marcos (o Rodrigo já tinha ido para o hotel). A conversa com o trio você confere abaixo.
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terça-feira, 16 de novembro de 2010
"DEBAIXO DESTA CINZA TEM MUITA LENHA PRA QUEIMAR"
O título vem da inspiração de Adoniran Barbosa em "Já fui uma brasa", música onde o sambista fala sobre o estouro da então Bossa Nova e "dos meninos deste tal de iê-iê-iê". O poeta do samba paulistano completa centenário este ano e para comemorar, o Brasil inteiro realiza diversas homenagens. Em Fortaleza uma delas aconteceu no I Festival Viçosa Samba Chopp, no período de 12 a 14 de novembro, em Viçosa do Ceará e, claro, os endiabrados Demônios da Garoa estiveram presentes.
Na terceira formação (da original não tem mais nenhum), atualmente com Roberto Barbosa, o "canhotinho" (cavaquinho e vocal), Izael Caldeira (timba e vocal), Ricardinho Rosa, neto do fundador do grupo, Arnaldo Rosa (percussão e vocal), Dedé Paraíso (violão e vocal) e Serginho Rosa (pandeiro, afoxé e vocal), o grupo se caracteriza como os maiores intépretes de Adoniran Barbosa pela forma irreverente e autêntica com que cantam suas composições.
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