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.: Um blog de entrevistas :: histórias : opiniões : música :.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

É FINO!

Quando cheguei ao Amici's [bar, restaurante, pizzaria localizado próximo ao Dragão do Mar, em Fortaleza] eram, mais ou menos, 18h. Passei por entre as mesas e numa delas estavam dois moços e percebi que os rostos eram familiares, mas não reconheci. Eles tomavam cerveja. Entrei no recinto, aonde a banda Fino Coletivo passava o som, que logo mais, na noite do dia 2 de setembro de 2011, iria se apresentar através do projeto Farra na Casa Alheia. Lá encontrei os produtores da festa, que me apresentou o produtor da banda, que me apresentou os dois moços de rosto familiar que bebiam cerveja do lado de fora da casa. Eram os vocalistas Alvinho Lancellotti e Adriano Siri.

Sentei a mesa, liguei meu gravador e...

sábado, 20 de agosto de 2011

COM FOCO EM PRODUZIR MÚSICA NOVA, O JASON ESTÁ DE VOLTA

Aventuras, lançamentos, ideias e ralação, muita, muita ralação resumem os 14 anos da trajetória musical da banda Jason. O resultado são 4 álbuns, inúmeras coletâneas, 3 turnês na Europa e centenas de shows por todo o Brasil. Vale lembrar do livro Jason - 2001, Uma Odisséia na Europa escrito pelo jornalista e, agora, ex-guitarrista da banda Leonardo Panço. A obra pode ser considerada um diário com informações sobre a tour que o grupo realizou pelo velho mundo.

Após um tempo sem perspectiva de retorno, no início de 2010, o Jason volta com De Souza (bateria), que está na banda desde 2002; e mais dois integrantes da formação original: Vital (vocal) e FF (baixo). "Fizemos alguns shows no RJ e em SP, e quando chegou o momento de escolher continuar fazendo shows, ou entrar em processo criativo, o Panço [guitarra] decidiu se aposentar, e nós optamos por continuar os três", conta o baterista.

A banda carioca tem uma relação especial com o nordeste brasileiro."É fato que o Nordeste sempre recebeu o Jason mais efusivamente do que outras regiões", observa FF. Segundo Vital, eles são pioneiros em tours por aqui. "Depois da gente muitas outras bandas começaram a 'subir'", conta o vocalista.

O Jason lançou recentemente o single virtual chamado A incrível arte de errar em tudo. O trabalho mostra que o hardcore e a letra ácida continuam. Quer saber mais? "O lance é ficar de olho em nossos canais - Facebook e Twitter (@jasonoficial). Se pintar novidade, chega lá primeiro", destaca De Souza.

Antes disso, dá também uma conferida na entrevista concedida pelo grupo via e-mail.


sábado, 4 de junho de 2011

MÚSICA PARA NOVA GERAÇÃO

Com público cativo em Fortaleza, a Maldita esteve, no dia 14 de maio, para mais uma apresentação (essa é a quarta) na capital cearense.

Dessa vez o show não foi tão performático quanto se esperava, mas também não deixou a desejar. O som peculiar, as letras pervertidas, a voz fantasmagórica e o sadismo da banda carioca, levou os poucos presentes na casa ao delírio. "Nossa ideologia é seja você mesmo! Se expresse da forma como você sentir vontade, mas sem chegar a extremos. Por exemplo, teve um babaca aí que apagou um cigarro em mim e eu tive que dar um chute nele", contou Erich, o vocalista. Além dele, a formação traz Magrão (baixo), Lereu (guitarra) e Vidaut (bateria).

domingo, 15 de maio de 2011

TEM GENTE DIZENDO QUE ELE É LOUCO

“Tem gente dizendo que eu tô louco, que eu só falo em tirar coco. Realmente eu quero tirar o coco, pra depois quebrar o coco, pra saber se o coco é oco...”

Para quem não conhece, esse é o trecho de "Prá tirar coco", um dos clássicos da música tradicional nordestina que, na noite do dia 30 de abril, na Praça do Ferreira, em Fortaleza, proporcionou um dos momentos auges da festa em comemoração ao dia dos trabalhadores promovida pela CUT-CE (Central Única dos Trabalhadores) e entidades filiadas.

Cantada pelo mestre Messias Holanda a convite de Chico César - cantor e compositor paraibano que se apresentava na ocasião -, ambos se divertiam no palco acompanhados de Lívia Mattos (sanfona), Guegué Medeiros (bateria), Xisto Medeiros (baixo) e Zezinho Pitoco (percussão), além do público que cantava e dançava.

O momento representou muito bem a riqueza e a importância da decisão do então secretário de cultura da Paraíba, Chico César, quando afirmou que não irá pagar cachês para bandas que tocam “forró de plástico”, na festa de São João do estado.

Foto: Paulo Winz (1Bando/RedeCem)
Mas, o que seria forró de plástico e até que ponto um governo pode decidir pela população o que elas devem ou não consumir? Esses são os questionamentos daqueles que consideraram a decisão um tanto equivocada.

Ele responde a essa e outras questões como a lei do direito autoral; a iniciativa dos coletivos que colaboram com trabalhos autorais independentes; novos projetos; e a emoção de tocar na comemoração do dia dos trabalhadores, que contou com a presença de seu irmão Gegê, dirigente da Central de Movimentos Populares (CMP) que, perseguido por quase nove anos, foi recentemente inocentado em júri popular (decisão unânime) das acusações de ter dado fuga a um criminoso e ser mandante de um crime em São Paulo. Até mesmo o promotor de Justiça, Roberto Tardelli, pediu sua absolvição. Atualmente Gegê promete processar o Estado pela criminalização que sofreu em 2002.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

UNI VERSO DE OSCAR

Acostumado a viajar através do som improvisado de sua guitarra em projetos coletivos e instrumentais o guitarrista, cantor e compositor Oscar lançou em 2010 o EP Uni Verso, trabalho que marca sua fase como artista solo. Ou seria “Uni”?

O “Verso” se mostra em forma de canção. Nesse caso, as letras unidas às melodias trazem a essência das experiências vivenciadas pelo músico cearense que também já passou pela cena underground de São Paulo e Brasília.

Oscar apresenta um trabalho independente, de qualidade, com referências - ao estilo brasileiro - do jazz, do samba e do rock’n roll. No mesmo ano em que lançava e distribuía nacionalmente seu primeiro projeto solo, unia-se a Rede Ceará de Música (RedeCem), coletivo integrado ao Circuito Fora do Eixo. Lá é o atual responsável pela Frente de Distribuição.

Neste ano o artista prepara turnê em sete cidades do Nordeste e São Paulo, além disso, está empenhado na produção do primeiro álbum intitulado Revolução. “Pra mim é um retorno à simplicidade e linguagem mais direta do Rock” conta.

sábado, 19 de março de 2011

MOBÍLIA EM QUATRO ESTAÇÕES

Eles tocam pop e tocam rock, mas, definitivamente, não formam uma banda de pop rock, como informava um segurança de uma boate famosa em Fortaleza. Reúnem referências de um "passado sonoro" dando um toque contemporâneo. As músicas representam, como descrito pelos próprios, "retratos sonoros de uma época que sempre volta em busca de renovação, de novos ares, novas visões, diferentes realidades". Essa é a MOBÍLIA, banda autoral cearense que surgiu em 2006 com canções prontas. Composições de Cláudio Mendes (voz, guitarra, violão e teclado) que, na época, tocava em bandas onde suas músicas não se encaixavam. Até conhecer Marcio Holanda (parceiro em algumas composições) e Lucas Ribeiro (baixo), e montar o projeto. "O Daniel [Alencar] (bateria e percussão) veio um pouco depois, mas foi a partir da entrada dele que a gente realmente deu o ponta pé inical, entrou no estúdio e gravou as duas primeiras canções" conta o vocalista.

A banda teve sua estreia no palco do II Prêmio UECE de Música, onde ficaram em 2° lugar com a canção Romance de Entrega, "Foi um impulso legal para o começo", diz Claudio. De lá pra cá gravaram dois álbuns: o primeiro intitulado "A Primavera Chegou" (2007) e o segundo "Até O Inverno Passar" (2008). Atualmente estão produzindo o terceiro (Só pra ver o outono) e o quarto (No fim do verão) para lançar os dois de uma só vez. Isso mesmo! Os quatro CD's irão formar um box baseado nas estações do ano.

O que se vê são quatro elementos que se complementam: Paixão, Equilíbrio, Graça e Cumplicidade. O primeiro vem do idealizador desse projeto, é contagiante ver e ouvir não só a performance no palco, mas o brilho nos olhos de Claudio Mendes ao falar do "filhote". A calma de Daniel, o baterista, serve para trazer o equilíbrio diante da energia dos demais. "O Lucas é o humorista da banda", palavras dos próprios integrantes e, realmente, o cara leva as coisas com bom humor; quando toca, dança de um jeito peculiar, cheio de gingados. A cumplicidade dos três se estende às parcerias de Marcio Holanda, considerado integrante honorário por sua colaboração em várias composições, além de tocar guitarra em algumas apresentações; e de Marcus Vinnie, músico renomado da cidade, que, em alguns shows, traz o seu talento no teclado.